Diamante do Deserto
Noites quentes na tenda beduína.
Com o futuro da mina de diamantes de sua família em risco, a herdeira Britt Skavanga precisa de uma injeção de capital com urgência!
Logo ela encontra um misterioso investidor árabe, conhecido apenas como Emir... Britt viaja até Kareshi para confrontar seu arrogante benfeitor.
Se os diamantes estão no sangue dela, as areias escaldantes das dunas correm pelas veias do sheik Sharif.
E ele está decidido a mostrar a Britt como os negócios são administrados em seu reino.
E como as noites no deserto podem ser quentes...
Capítulo Um
Segunda-feira, sete horas de uma manhã fria e enevoada em Londres, onde um poderoso consórcio se reunia para a aquisição da maior mina de diamantes do mundo.
O grupo de três homens era liderado pelo sheik Sharif Al Kareshi, um proeminente geólogo conhecido como o Sheik Negro, graças à sua descoberta de grandes reservas de petróleo sob as areias do deserto de Kareshi.
A iluminação estava perfeita para a leitura do contrato e a decoração era tão suntuosa quanto adequada para o lar em Londres do sheik governante de Kareshi.
Junto a ele, à mesa, encontravam-se dois homens da mesma idade, ou seja, por volta dos 32 anos. Um era espanhol e o outro era dono de uma ilha no sul da Itália.
Os três eram gigantes do mundo dos negócios e destruidores de corações no jogo da vida. Somas colossais de dinheiro estavam sendo discutidas. A atmosfera era densa.
— Uma mina de diamantes no círculo ártico? — salientou o exuberante conde Roman Quisvada.
— Diamantes foram descobertos no Ártico canadense há alguns anos — explicou Sharif.
— E por que não no Ártico europeu, meu caro?
Os três eram amigos desde os tempos de colégio interno na Inglaterra e, embora cada um tivesse construído a própria fortuna, eram ligados por uma forte amizade e confiavam implicitamente uns nos outros.
— Os primeiros resultados da Skavanga Mining apontam que a descoberta pode ser maior do que suspeitamos — continuou Sharif, espalhando alguns documentos sobre o tampo.
— Ouvi dizer que a empresa é comandada por três irmãs conhecidas como os Diamantes de Skavanga, o que por si só já me intriga. — O espanhol de olhar perigoso descascava uma laranja com uma faca tão afiada quanto um bisturi.
— Vou contar o que eu sei Raffa — o sheik se dirigia ao amigo conhecido como Dom Rafael de Leon, duque de Cantalabria, uma região montanhosa e muito bonita da Espanha.
O conde Roman Quisvada também se interessou. Roman era perito em diamantes, com laboratórios especializados no corte e polimento das pedras preciosas, enquanto Raffa era dono da maior, mais sofisticada e exclusiva rede de joalherias do mundo.
O Sheik Negro, o conde italiano e o duque espanhol comandavam os negócios de diamantes. Havia apenas uma ponta solta, refletiu Sharif, que era a empresa chamada Skavanga Mining. Chefiada por três irmãs — Britt, Eva e Leila Skavanga além do irmão ausente delas, Tyr —, a Skavanga Mining anunciara a descoberta do maior depósito de diamantes já encontrado.
E Sharif estava a ponto de ir para Skavanga para ver tal descoberta com os próprios olhos. E, uma vez lá, ele iria conhecer Britt Skavanga, a irmã mais velha, meditou Sharif conforme observava uma fotografia.
Britt parecia ser uma oponente à altura, com aqueles olhos cinza, a boca firme e o queixo ereto. Sharif ansiava encontrá-la. Um acordo comercial com um tempo a mais gasto na cama era, sem dúvida, um prospecto atraente.
Não havia lugar para sentimentos nos negócios, e ele com certeza não desperdiçava os seus com mulheres.
— Por que você sempre fica com a parte divertida? — reclamou Roman, franzindo o cenho quando Sharif anunciou seus planos.
— Tem para todo mundo — garantiu-o, seco, enquanto os outros dois estudavam as fotos das irmãs.
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