Desejo Iluminado
Do escritório para os braços dele…
Para o belo Nick Gilbert, um encontro romântico normalmente significa um jantar à luz de velas, não um piquenique beneficente para crianças…
Para completar, sua companhia é a séria, mas intrigante, Carolyn Duff, sua ex-mulher.
Observando sua interação com as crianças, ele percebe um novo lado dela e começa a entender melhor o brilho de tristeza por trás de seus olhos verdes...
Capítulo Um
Carolyn Duff cometera um erro enorme na vida casando-se numa capela de Las Vegas, contrariando a crença popular de que o que acontece em Vegas, permanece lá.
E não fora apenas isso, o erro a tinha seguido até sua cidade, pois Nicholas Gilbert trabalhava a apenas poucas quadras de seu escritório.
Na maior parte do dia, ela conseguia esquecê-lo e concentrar-se no trabalho. Como procuradora do estado, mal tinha tempo de ver o sol se pôr, ocupada com vários telefonemas, precedentes legais, as leis do estado de Indiana e e-mails urgentes.
O calendário marcava sexta-feira, os ponteiros do relógio apontavam que já passava das 17h, mas Carolyn ainda estava à mesa, terminando o trabalho que parecia não ter fim, mesmo que fosse véspera do feriado de 4 de julho e os tribunais estivessem fechados até terça-feira.
Para ela não fazia diferença nenhuma. Sentia-se como se tivesse uma bomba-relógio amarrada à cintura, forçando-a a finalizar um caso criminal e ouvir o barulho das grades da prisão se fechando.
Ainda assim não era suficiente.
Massageou as têmporas, tentando aliviar o começo de uma dor de cabeça antes que ficasse pior. Voltou ao trabalho examinando um pedido de acordo com um advogado de defesa, que acreditava que seu cliente, um ladrão insignificante, merecia uma pena de apenas 90 dias de prisão e uma pequena multa.
Só que ela enxergava o futuro escrito na parede, anos de prisão por porte ilegal de arma de fogo.
O juiz, no entanto, queria uma solução rápida para o caso a fim de evitar conflitos. Tanto a procuradoria quanto o advogado de defesa tinham o prazo de um fim de semana para entrar num acordo.
– Todo mundo está indo para casa – disse Mary Hudson, aparecendo na fresta da porta da sala. – Não me diga que passará o feriado trabalhando.
– É provável.
– Mas é feriado, Carolyn. – Mary suspirou. – É hora de festejar, e não trabalhar. Venha, vamos sair e tomar alguma coisa. Vou encontrar com outros advogados no TJ’s Pub.
– Sinto muito, Mary. Tenho muito trabalho a fazer.
– Sabe do que você precisa? – Mary seguiu até uma cafeteira e serviu um café numa caneca decorada, prevendo que Carolyn trabalharia até tarde e precisaria de muita cafeína. – Um vestido de verão e um homem bem sexy.
Mary não desistia fácil de arrumar alguém para Carolyn. Para ela, uma mulher sem um homem era como um gato sem cauda, uma pessoa digna de pena.
– Não preciso de ninguém, Mary.
More posts from
