Muito Mais que Amor


ROMANCE CONTEMPORÂNEO

Eles sabem que é sua última chance de serem felizes...

Rorke Stoner abre os botões da blusa de Kelly. Depois, é a vez do zíper do short. Com a mão, ele alcança a calcinha torturando-a com íntimas carícias.
Sente os dedos de Kelly se cravarem em seus braços e ouve gemidos de prazer. Rorke planejou como seria a primeira vez com Kelly: o melhor ato de amor que ela já teve.
E caso Kelly ainda tenha algumas lembranças amargas do ex-marido, ele vai apagá-las de sua memória! “Eu tenho um sério problema, Rorke”, diz ela, ofegante, não agüentando mais de tanta paixão e desejo de se entregar a esse homem.
“Você não sabe com quem está se envolvendo...”

Capítulo Um
Onde é que ele foi se meter? Rorke Stoner desligou o carro e suspirou. A casa de Kelly Whitfield ficava localizada entre a parte antiga e a parte nova de Natchez. E apesar de Rorke conhecer Natchez como a palma da mão, passou duas vezes pela frente da casa sem vê-la. O que era até bem compreensível. A caixa postal estava encoberta por um arbusto florido.
Uma grande quantidade de galhos se espalhava pela frente da casa, e ali estava ele se deparando com tudo aquilo. Rorke tirou os óculos escuros e ficou olhando para o bangalô. O lugar era antigo, antigo o suficiente para conservar o telhado de madeira original, rachado, o mesmo batente das janelas e a cadeira de balanço na varanda. A casa revelava um estilo marcante.
Tão marcante quanto a personalidade da Sra. Whitfield. Ao redor viam-se azaléias, magnólias, rododendros e outros tipos de plantas que florescem na primavera. Estava claro que a dona da casa não fazia discriminação na escolha das flores, que cresciam selvagens. Também não se preocupava em aparar a grama há semanas.
E assim como aquele excêntrico jardim, a varanda se enchia de flores, vasos que não eram cuidados, sem ordem alguma, mas que revelavam uma profusão de cores, lembrando o cair da tarde. Rorke não era nenhum perito em flores, mas sabia reconhecer um amor-perfeito quando via um. Amor-perfeito? De novo aquela sensação no estômago de que ele e a Sra. Whitfield teriam tanto em comum quanto um homem das cavernas e uma duquesa.
O pensamento provocou uma imensa vontade de rir, porém o bom humor durou pouco. Com cara de poucos amigos, desceu do carro de uma forma meio desajeitada, pois Rorke ainda não conseguia se movimentar com facilidade. Fazia duas semanas que se machucara. Não se incomodara com o pulso torcido e com o nariz quebrado, os ferimentos então não significavam nada, mas as duas costelas quebradas estavam lhe causando grande sofrimento. Toda vez que respirava, lembrava-se do erro que havia cometido e que quase lhe custara a vida. Rorke não gostava de cometer erros.
E não sabia conviver com eles. Nas últimas duas semanas perdera cinco quilos, e as suas noites eram povoadas de pesadelos: uma arma apontada para ele, e uma bala que o atingia em cheio. Exatamente como deveria acontecer na vida real.
Não deveria ter sido aquele garoto loiro a estar caído no chão da padaria, e sim ele, Rorke.

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