Festa de Noivado
A festa estava linda, todos riam, felizes, menos Ana.
Através de um véu de lágrimas, a garota via o homem a quem adorava mais que a própria vida beijando outra mulher, colocando o anel de noivado no dedo de uma desconhecida! Era um pesadelo, seria melhor que a terra se abrisse e ela caísse dentro, para não ver a traição deste homem! Porém a realidade continuava ali, terrivelmente presente, e Ana não suportou mais tanta amargura: tudo começou a girar ao seu redor. Mas, de repente, algo incrível aconteceu e Ana viu que ainda restava uma esperança...
Capítulo Um
Para Ana, aquela noite parecia não ter mais fim. E se ela não demonstrava o que estava sentindo, era porque todos a observavam. Agir friamente dependia de um esforço enorme, de uma grande força de vontade, que ela nem pensava ser capaz de possuir. Entretanto, qualquer coisa era preferível a deixar transparecer o que estava sentindo na alma! Não! Seria humilhante demais! E pensar que aquela deveria ser a grande noite de sua vida, o começo de um mar de rosas... Naquela noite, seus sonhos mais queridos e desejos mais caros chegavam ao fim. E o futuro? Passava a ser apenas um deserto sem sentido. Quanto à casa, que tanto havia desejado, para construir um segundo lar, estava mergulhada em sombras e tristezas. Seria melhor que a terra se abrisse e ela caísse dentro! Ninguém sentiria sua falta. Só agora, tarde demais, Ana havia descoberto que tipo de homem era Blair. Mas a verdade mais amarga era que, apesar de tudo, ela ainda o amava e não conseguia mudar os fatos! Havia muito tempo que lhe tinha dado o coração e continuaria pertencendo somente a ele! Apenas um desesperado sentimento de orgulho seria capaz de mantê-la firme, durante toda aquela horrível noite: a noite em que o homem que ela amava ficava noivo de outra mulher. Agora, depois do choque, Ana estava procurando uma desculpa para justificar a atitude dele. Depois de tudo que Blair tinha falado, de todas as promessas, não era possível que aquilo pudesse acontecer! Ele não podia ter se apaixonado por outra, a menos que não passasse de um descarado mentiroso! Blair havia traído o seu amor e a sua confiança. Porém, toda vez que seus olhos se encontravam, ela sentia-se, mais que nunca, ligada a ele. Havia sensualidade em seus grandes olhos castanhos, que escondiam um ar cínico, como se rissem daquela maravilhosa festa de noivado, que não passava de uma piada, porque ele estava apaixonado por outra. A sensação de vazio e de amargura aconteceriam depois. Por enquanto, Ana estava tão chocada que se sentia mal. O mais irritante de tudo haviam sido os comentários de "que garota linda!" que ouvira enquanto passava atendendo tia Elizabeth, e, fingindo estar se divertindo, quando, na verdade, não tinha a menor ideia do que estava fazendo. Será que ninguém havia percebido que o ciúme a estava matando? Por todos os cantos em que havia circulado, naquela festa badaladíssima, ela própria admirou-se da grande alegria que fingia sentir. Mas o esforço para fingir deixava-lhe os nervos em pedaços. Ana sentia uma fortíssima dor de cabeça, e não houve jeito de escapar antes do fim da festa. A própria tia Elizabeth já havia dito, uma vez, que Ana era orgulhosa demais para deixar-se dobrar pelo peso de uma derrota.
Através de um véu de lágrimas, a garota via o homem a quem adorava mais que a própria vida beijando outra mulher, colocando o anel de noivado no dedo de uma desconhecida! Era um pesadelo, seria melhor que a terra se abrisse e ela caísse dentro, para não ver a traição deste homem! Porém a realidade continuava ali, terrivelmente presente, e Ana não suportou mais tanta amargura: tudo começou a girar ao seu redor. Mas, de repente, algo incrível aconteceu e Ana viu que ainda restava uma esperança...
Capítulo Um
Para Ana, aquela noite parecia não ter mais fim. E se ela não demonstrava o que estava sentindo, era porque todos a observavam. Agir friamente dependia de um esforço enorme, de uma grande força de vontade, que ela nem pensava ser capaz de possuir. Entretanto, qualquer coisa era preferível a deixar transparecer o que estava sentindo na alma! Não! Seria humilhante demais! E pensar que aquela deveria ser a grande noite de sua vida, o começo de um mar de rosas... Naquela noite, seus sonhos mais queridos e desejos mais caros chegavam ao fim. E o futuro? Passava a ser apenas um deserto sem sentido. Quanto à casa, que tanto havia desejado, para construir um segundo lar, estava mergulhada em sombras e tristezas. Seria melhor que a terra se abrisse e ela caísse dentro! Ninguém sentiria sua falta. Só agora, tarde demais, Ana havia descoberto que tipo de homem era Blair. Mas a verdade mais amarga era que, apesar de tudo, ela ainda o amava e não conseguia mudar os fatos! Havia muito tempo que lhe tinha dado o coração e continuaria pertencendo somente a ele! Apenas um desesperado sentimento de orgulho seria capaz de mantê-la firme, durante toda aquela horrível noite: a noite em que o homem que ela amava ficava noivo de outra mulher. Agora, depois do choque, Ana estava procurando uma desculpa para justificar a atitude dele. Depois de tudo que Blair tinha falado, de todas as promessas, não era possível que aquilo pudesse acontecer! Ele não podia ter se apaixonado por outra, a menos que não passasse de um descarado mentiroso! Blair havia traído o seu amor e a sua confiança. Porém, toda vez que seus olhos se encontravam, ela sentia-se, mais que nunca, ligada a ele. Havia sensualidade em seus grandes olhos castanhos, que escondiam um ar cínico, como se rissem daquela maravilhosa festa de noivado, que não passava de uma piada, porque ele estava apaixonado por outra. A sensação de vazio e de amargura aconteceriam depois. Por enquanto, Ana estava tão chocada que se sentia mal. O mais irritante de tudo haviam sido os comentários de "que garota linda!" que ouvira enquanto passava atendendo tia Elizabeth, e, fingindo estar se divertindo, quando, na verdade, não tinha a menor ideia do que estava fazendo. Será que ninguém havia percebido que o ciúme a estava matando? Por todos os cantos em que havia circulado, naquela festa badaladíssima, ela própria admirou-se da grande alegria que fingia sentir. Mas o esforço para fingir deixava-lhe os nervos em pedaços. Ana sentia uma fortíssima dor de cabeça, e não houve jeito de escapar antes do fim da festa. A própria tia Elizabeth já havia dito, uma vez, que Ana era orgulhosa demais para deixar-se dobrar pelo peso de uma derrota.
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