Perdidos na Noite


ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Procura-se: Três Anos roubados de sua vida!
Impossível trazer de volta o passado e um amor que se foi com ele. Mas, pelo menos, Giff Jacobs esperava encontrar os responsáveis pela sua infelicidade. E quando a busca levou-o ao restaurante de Rose Lowell, Giff ficou ao mesmo tempo fascinado e confuso: uma loira tão linda não podia ser cúmplice dos culpados! Rose teve a sensação de perigo no instante em que conheceu Giff. Mesmo assim, decidiu confiar, um homem tão atraente não podia ser igual aos outros. Uma pergunta, porém, permaneceu: para onde Giff e Rose seriam levados por aquelas, tórridas noites de paixão?

Capítulo Um
Ele parece perigoso, pensou Rose, olhando para o homem alto que entrava no escritório dela atrás de Trevor Ames, gerente do restaurante.
— Srta. Lowell, este é Giff Jacobs, o cavalheiro que se candidatou à função de barman — disse Trevor, em seu carregado sotaque britânico, dando a impressão de que considerava aquele homem qualquer coisa, menos um cavalheiro. Depois ele se voltou para o candidato ao emprego.
— É a Srta. Lowell quem faz as contratações para o Ninho da Águia.
Depois que Trevor se retirou Rose estendeu a mão para o recém-chegado. Giff Jacobs pareceu surpreso com aquele gesto. Os dedos dele eram longos, calejados e fortes, como se estivessem acostumados ao trabalho duro. E não eram os dedos típicos de um barman.
— Sente-se, por favor. Giff sentou-se de frente para ela, pensando na diferença que havia entre a mão de uma mulher e a de um homem. E aquela era muito macia, delicada. Pensar naquilo certamente se devia ao fato de que há três anos ele não tocava numa mulher.
Rose viu que, apesar da aparente displicência, Giff Jacobs certamente estava alerta. Não era um homem bonito, não pelos padrões convencionais. Tinha ombros largos e quadris estreitos, mas nada, além disso. Os cabelos pretos estavam cortados curtos e o rosto era anguloso e muito bronzeado. A boca era bem desenhada, mas aparentemente aquele homem não sabia sorrir... ou havia se esquecido. Os olhos, de um azul penetrante e hostil, pareciam pertencer a alguém que estava sempre na defensiva. Rose clareou a garganta e pegou uma caneta. Sempre pensava melhor com alguma coisa na mão.
— Trevor me disse que você sabe preparar drinques como ninguém. Onde aprendeu isso? Giff reparou que ela nem havia consultado o currículo dele, que estava em cima da mesa. A voz de Rose Lowell era agradável, ele constatou, a contragosto. Não queria gostar de nada naquela mulher. Ela deveria ser apenas o meio para a obtenção de um objetivo.
— Enquanto cursava a faculdade eu trabalhei primeiro como garçom, depois como barman. Gosto do serviço.
A voz dele era grave e meio rouca, parecendo pertencer a alguém que falava pouco. Aquilo era estranho, já que em geral os homens que trabalhavam naquela função falavam pelos cotovelos.
Rose podia olhar no currículo para ficar sabendo a idade dele, mas a aparência era a de um homem de trinta e quatro anos, o que significava que ele devia deixado a faculdade há uns doze. Outra coisa estranha era uma pessoa com diploma universitário querer trabalhar como barman.
— Desde sua época de estudante, você só trabalhou no Tony’s Bar e Churrascaria, em Tucson? — ela perguntou. Giff cruzou as pernas compridas.
— Se quiser, pode ligar para Tony pedindo informações sobre mim. O telefone está aí no currículo.
— Eu ligarei, obrigada.


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