Antes de resenhar o livro, quero contar pra vocês algo engraçado que aconteceu comigo (pelo menos eu achei haha). Ano passado vi em algum lugar a capa do livro Say what you will e me apaixonei (nem vi sobre o que se tratava, mas queria ler de qualquer forma). Decidi que quando fosse para Londres iria comprá-lo por lá. Procurei em várias livrarias e, depois de confirmar que nenhuma delas tinha, resolvi comprar pelo Book Depository e fiquei esperando…
Em Fevereiro, recebi um exemplar de Amy & Matthew da Editora Record e, claro, me apaixonei pela capa e já comecei a ler. Um tempo depois o carteiro trouxe um pacote do Book Depository e nem acreditei quando vi que finalmente tinha meu exemplar de Say what you will. Fiquei tão empolgada que pensei “vou parar um pouco a leitura de Amy & Matthew e depois que terminar esse livro volto pra ele”. Quando li a primeira página comecei a rir porque logo percebi que Say what you will e Amy & Matthew eram o mesmo livro!
Say what you will (Amy & Matthew) é um livro que trata, antes de tudo, sobre amizade e superar dificuldades. Amy nasceu com paralisia cerebral. Não consegue falar sem ajuda de um aparelho, andar sem ajuda de um andador nem controlar suas expressões faciais. Mas nada disso a impediu de ser uma excelente aluna, pois ela era muito inteligente. Durante anos ela foi auxiliada por adultos profissionais, que a acompanhavam na sala de aula, carregavam seus materiais e a ajudavam no que a sua condição física a impedia de fazer.
Um pouco antes de entrar para a faculdade, Amy pediu para sua mãe que fizesse diferente: não queria adultos ao seu lado no colégio e sim colegas que aceitassem o emprego de acompanhá-las durante algumas aulas. Ela queria aprender a ter amigos e entender melhor o comportamento das pessoas da sua idade. Queria se preparar melhor para a faculdade para poder fazer amigos por lá. Entre os seus novos auxiliares está Matthew, um garoto muito fofo e que sofre de algo que muitos não compreendem e que pode prejudicar MUITO a vida de alguém: TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
A forma com que o relacionamento deles vai evoluindo e com que eles vão tentando se ajudar a superar seus problemas é muito bonita e envolvente. O livro traz outras questões importantes, como a superproteção da mãe de Amy, preconceito e algumas que são tratadas só mais pro final então não vou falar para não dar spoiler.
É um livro que me prendeu do começo ao fim e que me fez refletir sobre várias questões, principalmente sobre o TOC. Não sei se já comentei aqui, mas tenho algumas pautas de TOC que me atrapalham e angustiam muito, principalmente em momentos mais estressantes da minha vida. Ler um livro em que um dos personagens principais tem o mesmo problema que eu, fez com que me identificasse ainda mais com a leitura.
Agora vou falar um pouquinho sobre as edições. A edição que americana foi publicada pela Harper Teen, o selo jovem da Harper Collins. Ela é hardcover, tem 347 páginas amareladas (amo!) com uma ótima diagramação. Nem preciso falar da capa, né? Aliás, a jacket inteira está linda e ela tem uma textura diferente dos meus outros livros com jacket (é meio áspera) e tem verniz localizado.
A edição brasileira também tem uma capa linda (bem clean, estilo Eleanor & Park). Ela foi publicada pela Galera Record (selo jovem do Grupo Editorial Record) e também foi muito bem cuidada. É paperback (como a maioria das edições brasileira), tem 336 páginas amareladas (já disse que amo?) bem diagramadas. Não tem verniz localizado (o que eu acho que deixaria a capa ainda mais fofinha), mas tudo bem :P
Super recomendo esse livro para quem está procurando uma história leve, que trate de assuntos importantes e que queira sentir o coração aquecido (ah, eu não chorei como disse que provavelmente faria
Quem tiver interesse em comprar pelo Book Depository, pode me ajudar comprando pelos meus links (ganho uma pequena comissão por cada venda que me ajuda a comprar mais livros): Hardcover (edição igual a minha) | Paperback (pré-venda). Recomendo sempre pesquisar em outros sites como Amazon ou até mesmo em livrarias grandes aqui do Brasil (ainda mais com o dólar do jeito que está).