Tem gente que se diz tão sofrida, que chega a ficar meio cínica com as pessoas, com a vida, com o mundo. Sem se livrar do ~peso~, essa galera só tem uma certeza: não acreditar no sofrimento do outro. Acho que nem é falta de empatia. É falta de fé mesmo.
Juro pra vocês: tenho visto e ouvido tanta coisa, que ando desacreditada de relacionamentos. Outro dia me peguei pensando em quando é que o ciclo do cinismo nos relacionamentos começa. Alguém sabe?
Um doce pra quem nunca viu alguém dar desculpa pra terminar relacionamento pois ainda “sofria muito com o último”.
Tem também o exemplo clássico caso de quem trata o outro mal, ou tem uma atitude totalmente blasé com relação à outra pessoa, só porque “não consegue mais acreditar”?
Há outros casos. Outras histórias, infinitas histórias. Desculpas e “sofrimentos” à parte, eles continuam voando por aí, espalhando esse cinismo, com a “desculpa dos amores anteriores”.
Quer dizer: não acreditam em nada, mas não conseguem parar de se jogar em outros relacionamentos, né? #dúvidaeterna #WHYGODWHY
E esses amores. Realmente existiram? Digo, esse sofreeer todo que parece rodear o mundo. Sério? Voltamos ao Romantismo? Ironicamente, são os românticos magoadíssimos que magoam o próximo da fila.
E essa fila. Maldita seja, maldito seja o primeiro magoador. Ou não, né, pois sem fila, sem próximos, sem sofrimentos, a galera ia perder essa magnífica desculpa pra partir pro próximo.
Uma dica: esse tipo de mentirinha = instant karma.
Se algum dia você, caro leitor, cara leitora, ouvir isso, não for psicólogo e não puder cobrar a consulta, indica logo um terapeuta. É um favor pra humanidade.
Corações sensíveis se espantam com filas, com listas, com cínicos disfarçados de sofredores. E calham de um dia ficarem cínicos também: mas só com a cara de pau dos outros.
E a lista continua.
A fila também.