Minha Adorável Espiã


ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Como encarar Brian depois que ele soubesse de tudo?

Depois daquela noite maravilhosa no dormitório da fábrica, Diana tinha certeza de amar Brian, e sabia que ele, apesar de todos os desencontros iniciais, também estava apaixonado por ela...
Mas como Brian reagiria quando soubesse que Diana tinha sido a responsável pelo seu divórcio?
Será que a rejeitaria, ou sua paixão era tão grande a ponto de perdoá-la?

Capítulo Um
— Seja razoável, Brian. Qual o problema de colocar mais alguém trabalhando na empresa? Eu lhe dou minha palavra: essa pessoa não vai incomodar ninguém!
Brian Rutledge levantou-se irritado da cadeira, e olhou pensativamente pela janela do Peabody Bank. Precisava manter a calma e arranjar alguma saída, mas não tinha alternativa: ou aceitava as exigências do banco, ou então eles não lhe concederiam o empréstimo.
— A decisão foi do conselho — recomeçou Bruno Maynard.
— É uma situação de alto risco, Brian. O banco precisa cuidar dos próprios interesses, e o jeito que eles arrumaram para isso foi propor alguém para ficar dentro da empresa, acompanhando todo o processo de perto... Brian virou-se, e encarou Maynard, com as feições desfiguradas.
— Para mim o banco está querendo meter o nariz em tudo o que eu faço, até transformar minha vida num inferno! — interrompeu ele, nervoso. Em seguida, tentando ficar mais calmo, continuou: — Escute, Bruno, me dê uma chance. Você tem minha empresa como garantia. Perderei tudo se você não me der o empréstimo. É a última coisa que preciso para melhorar minha situação.
— Posso lhe servir um drinque, Brian? — perguntou Bruno, querendo aliviar a tensão entre os dois.
— Não, obrigado — ele respondeu, rindo. — Nove da manhã é cedo demais para mim, Bruno.
— Quer dizer que você não é assim tão negligente com a saúde como se fala por aí? Pensei que bebesse demais — Maynard retrucou.
Brian sabia que todos faziam mau juízo dele. Culpa de seu pai, que espalhara pela cidade inteira que ele não era nada respeitável. Brian e o pai sempre foram muito parecidos e, talvez por isso, nunca se deram bem. Quantas brigas, quantos ressentimentos existiram entre os dois... Nem trabalhar juntos conseguiram... A voz pausada de Bruno deteve seus pensamentos.
— Sabe, Brian, estou feliz que tenha voltado a Memphis e feliz por você ter tomado as rédeas da Rutledge Enterprises — disse Bruno, encarando-o. — Seu pai, que Deus o tenha, não suportaria os novos problemas da economia atual, não é mesmo? Brian sorriu.
Admirava a capacidade que Bruno tinha de misturar assuntos de negócios com lembranças do passado. Com certeza agora ele voltaria a falar sobre as condições do empréstimo.
— Tenho certeza de que seu pai nunca aceitaria que nós, do banco, colocássemos alguém da nossa confiança dentro da empresa para averiguar seus negócios — continuou Bruno, como Brian esperava.


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