Diário de viagem, Paris: Musée D’Orsay: Les impressionnistes et la mode.

Depois de visitar o Musée de L’Orangerie (que vou comentar no próximo post sobre a viagem), continuei minha caminhada (e me perdi, por óbvio) até o Musée D’Orsay. Aliás, deixa eu contar uma coisa pra vocês: eu, que geralmente sou ótima pra me achar nos lugares e tenho um senso de direção muito bom, me perdi MUITO em Paris.

E tome de andar pro lado errado. E tome de saltar da estação mais longe (burrice, OK). E tome de ir, voltar e andar em círculos. Sem exagero gente, me perdi mas foi bom né, uma coisa é você se perder em Paris, onde tem milhões de placas, mapas e uma rede de metrô sensacional: a outra é você se perder no Rio, uma cidade com ZERO infra estrutura turística (ou urbana).

Decidi ir ao D’Orsay depois de visitar o L’Orangerie (um erro, deveria ter feito o contrário): cheguei lá sozinha, encarei uma fila ENORME e por pouco não desisti. Mas sabem do que mais? Valeu muito a pena. Gastei umas boas horas dentro do museu e não me arrependo nem um pouco. Aliás, voltaria ao museu só pra poder apreciar tudo de novo e rever obra por obra, especialmente as galerias de fotografias e todos aqueles Van Gogh, Monet, Degas… um sonho, um sonho.

Duas obras, em particular, ganharam meu coração: Tepidarium, de Théodore Chassériau (pintura sensacional, com uma técnica muito interessante que percebi lá na hora, acho que fiquei uns 5 minutos admirando a pintura: uma das mulheres retratada pelo pintor te segue com os olhos à medida em que você anda pela sala, é de arrepiar) e uma escultura incrível chamada Torchère, de Carrier Belleuse, que rendeu essa foto xodó aqui:

Uma paixão essa parte do museu com as esculturas, é pra fazer qualquer fotógrafo se perder lá dentro, querendo tirar fotos, fotos e mais fotos. Aliás, o museu, em si, é belíssimo: funciona na desativada estação ferroviária Gare de Orsay, e como toda estação tradicional, tem um relógio enorme e lindo bem no alto.

Dei a sorte de conseguir visitar a exposição “Les Impressionistes et la mode”. Uma palavrinha: incrível. Quem se interessa por arte, moda ou qualquer outra manifestação de coisas lindas pode se interessar. Em Paris, o público foi de 500.000 pessoas: depois, a exposição foi para o MET, em Nova Iorque, onde ficou até dia 27/05.

Obviamente, era proibido tirar fotos… mas não resisti e fiz três cliques mui discretos da exposição.

Um toque fofo: a cenografia da sala onde estavam algumas obras imitava uma sala de desfile: não resisti e fiz um clique da poltrona de Mlle. Sarah Bernhardt. Tenho certeza de que ela não se importou…

“A última moda é absolutamente necessária para a pintura.É o que mais importa”. A frase, de Édouard Manet, resume bem o espírito da exposição, que levou quatro anos para ser organizada.

Espero, de coração, que ela aterrisse em solos brasileiros (um sonho)… Imaginem todo mundo tendo acesso a uma exposição bacana como essa no CCBB, gente? É pra apaixonar de vez por ele, rs!

Apesar de não ter tirado fotos em quantidade, ganhei esse livrinho de presente (♥), com várias informações importantes e lembranças bacanas da exposição que roubou meu coração:

E meus postais, tão ricos: valem mais que um batom Chanel (pelo menos pra mim, rs):

Acho lindo a gente estar caminhando para um ponto em que a moda é reconhecida como arte por pelo menos alguns setores da sociedade: a fila para entrar na exposição era enorme, as pessoas estavam realmente interessadas em ver, observar, e se demorar em cada quadro ou vestimenta.

Filed under: Arte, Exposições, I ♥ books, Inspiração, Paris, Viagem

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