Diário de viagem, Paris: o que você não pode deixar de fazer.

Não posso deixar de pensar que sendo esse blog uma espécie de diário virtual, eu tinha que ser fiel ao meu instinto e falar a verdade sobre o que mais me chamou a atenção em Paris. Não, não foi a Champs Elysées. Não mesmo. Fugi de outlets, de lojas batidas e do tradicional roteiro perua-que-quer-renovar-o-estoque-de-beleza. Por incrível que pareça, não comprei tanta coisa por lá: além de achar tudo muito mais caro que nos outros países que visitei, tinha outras prioridades. Incrivelmente, um postal francês me enchia mais os olhos do que um batom francês. Um bom sinal.

Óbvio que comprei coisas todo mundo ama comprar novidades que não encontra aqui no Brasil por um preço em conta, não é? É que não entrei no desespero de muita gente que viaja naquele afã de querer comprar tudo. O mundo não vai acabar se você não entrar naquela loja ou esquecer de comprar alguma coisa.

Sei que isso é uma coisa muito particular… é que na minha opinião, uma xícara de café e um livro saem muito mais baratos que cinco idas à Galeries Lafayette ou à Sephora da Champs Elysées, e te dão um prazer bem maior do que aquele instantâneo de passar o cartão e adquirir MAIS uma bolsa igual à de todo mundo.

Não gosta de café? Não gosta de ler? Tome uma tacinha de champagne e observe o povo passeando pela rua. Mas pelo menos tente.

Sou muito, muito apaixonada por arte: música, fotografia, esculturas, pintura… Na minha opinião, em uma cidade culturalmente rica como Paris, a gente tem que fazer pelo menos duas coisas:

1) andar sem rumo, só observando e admirando a beleza das ruas, a arquitetura dos prédios, o céu (sim, o céu de Paris tem algo a mais, já dizia Edith Piaf) e sentindo a aura dessa cidade maravilhosa;

2) visitar pelo menos um museu ou exposição temporária (vale uma visitinha básica nas lojinhas de souvenir – todos têm – pra levar um postal, que seja): se o tempo em Paris for curtíssimo e não der pra encarar as filas gigantes dos museus mais conhecidos, sugiro logo a Pinacothèque de Paris, off circuito turístico e que tem sempre 2 exposições e duas lojinhas recheadas de coisas bacanas no final (ela é dividida em 2 espaços diferentes, portanto preste atenção na hora de comprar ingressos para os 2 lugares – é só atravessar a rua para chegar ao outro espaço)!

Aliás, um parêntesis: as lojinhas de souvenir dos museus são uma perdição: livros, CDs, itens de papelaria, agendas, bijoux étnicas (no Musée du Quai Branly vi umas lindas)… enfim, coisinhas que você não vai encontrar nas lojas mais famosas… olha que bom!

Isso é o mínimo: também tem que visitar a Grand Roue, comer a tortinha de maçã da Berthillon (THE BEST), namorar e tirar milhões de fotos nas pontes (prestando atenção nos batedores de carteira, SEMPRE), comer churros com nutella na rua (oui!), tomar vin chaud pra se aquecer enquanto anda pela cidade, comprar vinhos deliciosos a 5, 6 euros (♥), se perder, perguntar porquê o metrô daqui não é tão bom quanto o metrô de lá, ficar feliz (e sorrir) porque lá, dar bom dia é questão de sobrevivência…

… descobrir que a fama do mau humor dos franceses é verdadeira, ignorar esse fato, beber muito vinho bom, comer macarons (do Pierre Hermé, que dão um banho nos da Ladurée – além de as filas serem menores: apenas experimente o de Huile D’Olive à la Mandarine, é o bicho!!!), tomar um café bem rico, sem medo de engordar, com direito a docinhos maravilhosos e uma tacinha (ou duas, né?) de espumante pra experiência ficar completa, e por fim (e repetindo a primeira dica), andar muito a pé pra não perder a beleza da cidade, perguntar, tirar fotos e olhar tudo sem medo de ser feliz.

Meu único arrependimento foi não ter tirado mais fotos: fiquei com medo de fazer errado, não captar o que eu queria… e pra dizer a verdade, foi uma cidade que encantou tanto meus olhos que eu acabei esquecendo da câmera. Eu queria mesmo era olhar. ♥

Vou fazer mais posts como esse, falando um pouquinho sobre alguns lugares que visitei e coisas que comprei na viagem. Aguardem!