Esposa Por Uma Noite


ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Um quase desconhecido despertando uma intensa paixão em Kate.
Kate Walsh foi para a Grécia pretendendo apenas tirar fotografias e tomar sol. Em vez disso, encontrou um homem irritante, prepotente e egoísta, que acabou com seu sossego, obrigando-a a fingir ser sua esposa apenas por uma noite. E Philip Andronikos revelou-se o mais encantador dos homens... Kate sabia que não devia se apaixonar por Philip, pois era um conquistador insensível, incapaz de amar alguém. Seu coração, porém, traidor, não percebeu o perigo que esse homem representava...

Capítulo Um
No acostamento, Kate agitava a lanterna com desespero. O motorista do carro branco tinha de parar! Sentindo um arrepio violento, agarrou a lanterna com mais força. Reconheceu que estava com medo. Na verdade, começava a ficar apavorada. Com vinte e seis anos, e sendo uma pessoa equilibrada, não costumava entrar em pânico em situações difíceis. Mas nunca estivera num lugar abalado por um terremoto. Como fotógrafa, seu trabalho já a levara a lugares lindos e horríveis, mas até ali nenhuma experiência fora tão chocante. Descer por uma encosta que tremia como gelatina sob seus pés, esquivando-se de pedras e montes de terra, fora algo terrificante. Depois, encontrar o carro alugado semi destruído, sem nenhuma possibilidade de levá-la de volta, fora ainda pior. Já fazia uma hora que ela estava ali, esperando um veículo passar, morrendo de medo que houvesse outro abalo. O carro branco era sua esperança de salvação. Se não parasse, ela se jogaria no chão e começaria a chorar. Era simplesmente insuportável pensar que poderia ser obrigada a passar a noite naquele local deserto, frio, e sujeito a novos tremores. O carro chegou ao fim de um trecho fortemente inclinado e aproximou-se dela em velocidade cautelosa. De súbito, parou, e Kate exalou um longo suspiro, profundamente aliviada. Então, do mesmo modo brusco que parara, o carro partiu. Continuou a descer e desapareceu numa curva. Contendo as lágrimas, ela largou a bolsa das câmeras no chão e subiu alguns metros, tropeçando nas pedras, até chegar a um ponto de onde poderia ver a estrada, lá embaixo. A paisagem era típica da isolada e primitiva Halkidiki, região norte da Grécia. A estrada descia em curvas até o fundo do vale, lá embaixo. O rio era uma cimitarra de prata cortando o cenário sombreado pelo crepúsculo. Pinheiros elevavam-se por todos os lados, recortados contra o céu avermelhado, mas não havia sinal do carro. — Droga! — Kate exclamou. — Vou precisar armar a barraca e acampar aqui! Por que essas coisas sempre acontecem comigo? Voltou para o carro e examinou-o à luz da lanterna, franzindo a testa, aborrecida. Era uma visão desanimadora. Uma pedra grande quebrara o pára-brisa, espalhando vidro estilhaçado por todo o banco da frente. Outra pedra caíra na capota e amassara a lataria. Ficou olhando o estrago, indecisa. Não sabia o que seria melhor: dormir no assento traseiro do carro, ou acampar do lado de fora. Por fim, tirou um tapete do banco de trás, pensando em simplesmente estendê-lo no acostamento, improvisando uma cama. E se houvesse outro tremor de terra? Onde estaria mais segura: dentro do carro, ou fora? — Quero que o chão se abra e engula aquele motorista desalmado! — exclamou furiosa. — Quanta maldade! — alguém comentou atrás dela. A voz masculina parecia divertida. O sotaque era grego, mas o homem falara em inglês. Kate girou nos calcanhares para olhá-lo sobressaltada. O desconhecido era muito alto, parado ali, na obscuridade do crepúsculo. Ela ergueu a lanterna para ver-lhe o rosto.



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