Para Além do Arco-Íris


ROMANCE CONTEMPORÂNEO

Para Seth e Natascha, enfrentar o amor era o maior dos desafios!

Ao ver Seth banhando-se no lago de águas cristalinas, Natascha compreendeu que estava completamente apaixonada por ele.
De repente, deu-se conta de que também se apaixonara pela vida durante aquele verão no Canadá. Cercada pela natureza selvagem, descobrira a grande emoção de desejar um homem.
Mas, apesar de amá-lo, tinha medo de se aproximar de Seth. Jamais poderia se esquecer de que ele já a rejeitara uma vez.

Capítulo Um
Durante todo aquele dia, enquanto o avião atravessava os céus do Canadá, Natascha Dennis esteve concentrando o pensamento no destino final da viagem: Whitehorse, capital do Yukon, a mais de quatro mil e oitocentos quilômetros do lugar de onde ela vinha, o oeste de Montreal, e a mil e seiscentos quilômetros de Vancouver. Mas agora que o avião pousava no terminal do Whitehorse, amplo e impessoal, ela compreendia, com um arrepio nervoso a lhe percorrer a espinha, que sua viagem mal havia começado.
Passados todos os trâmites normais no aeroporto, ela esperou durante alguns momentos diante da esteira giratória que sua mala de lona aparecesse, para apanhá-la. A confusão de seus sentimentos era tamanha que temia deixar-se tomar inteiramente pelo pânico, e sua garganta estava seca. E se a hospedaria que procurava nem fosse conhecida por ali?
Se já tivesse fechado há muito tempo? Talvez não passasse de uma tolice de sua parte ter feito toda essa viagem sem tomar informações primeiro. "Natascha, será que você não é capaz, pelo menos uma vez na vida, de tomar uma atitude que não seja irracional e impulsiva?" A voz de Olga, estridente e nervosa, sempre criticando Natascha por suas reações naturais, soava em seus ouvidos de um modo tão real que, em seu íntimo, nem lhe parecia verdade o fato de Olga ter morrido tão recentemente.
— Posso ajudá-la, senhorita?
Tirada de seus pensamentos pela pergunta do rapaz que se ocupava do guichê de informações, ela assustou-se, mas logo se refez e perguntou:
— Eu preciso ir à Hospedaria Caribu, dirigida pelo sr. Neil Curtis. Sabe como posso chegar lá? O jovem pensou um pouco antes de responder:
— Uma de nossas companhias de táxi aéreo faz essa linha, mas não sei ao certo qual é.
Parte da tensão que dominava Natascha diminuiu; pelo menos a hospedaria ainda existia. Talvez não tivesse sido tão tola, afinal. O jovem do outro lado do balcão deu uma olhada ao longo do saguão.
— Se Chuck estivesse aqui poderia informá-la melhor — disse para desculpar-se da ignorância —, mas ele está de folga esta manhã. Em todo caso, fale com Lily, a mulher que está no caixa daquela loja ali em frente. Ela conhece tudo e todos por aqui, especialmente o pessoal das linhas aéreas. Um dos filhos dela é piloto de táxi aéreo há anos.
— Muito obrigada — disse Natascha, sorrindo para o rapaz e afastando-se do balcão. Apesar de nervosa, ela estava achando aquilo tudo muito divertido. Em Montreal, de onde vinha, jamais teria que ir a uma loja de presentes para obter informações sobre táxi aéreo.
A tensão ia se dissolvendo enquanto Natascha atravessava o corredor, com sua mala chocando-se contra os joelhos a cada passo. Seus longos cabelos castanho-claros e a beleza de seu corpo de pequena estatura atraíam muitos olhares, o que também a divertia e, de certa forma, lisonjeava.


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