Sonho e Paixão em Acapulco


ROMANCE CONTEMPORÂNEO






O que mais uma mulher pode desejar, além de um homem e um lugar junto ao paraíso?

Para Brenda, tudo parece um sonho: as praias de Acapulco, o chalé no alto do penhasco, o corpo másculo de Pierce junto ao seu...
Sabe que ele a deseja ardentemente e tem uma vontade louca de se atirar em seus braços fortes e protetores.
Mas algo a atormenta: até quando o prazer do sexo será suficiente para satisfazer os caprichos desse homem viril e atraente, que a faz perder o controle, o juízo?

Capítulo Um

O sol estava quente e brilhava alto no céu sem nuvens, enquanto uma brisa fresca soprava do oceano, espalhando um cheiro de maresia pelo ar.
"Chegara o verão em San Diego e, embora a temperatura ali fosse amena, era gostoso apreciar uma manhã como aquela", pensou Brenda Archer, enquanto caminhava apressada para o viveiro de répteis.
Não havia muitas pessoas no zoológico porque ainda não era época das férias escolares. Apenas algumas mães, que empurravam carrinhos de bebê pelas alamedas, espantando os pombos que comiam no chão.
Nesse momento, uma das panteras urrou, e um menino de cabelos acobreados como os de Brenda parou de perseguir uma pombinha, olhando ao redor, como se tentasse descobrir a origem do barulho. O garoto lembrou-a de seu irmão gêmeo, Michael, que provavelmente agora estaria se preparando para acompanhar um grupo de turistas num passeio pelas montanhas Sierra.
A neve sobre elas durava até o começo do verão. Por isso, a maioria dos clientes que procuravam a agência de turismo de Michael preferia esperar que os dias ficassem mais quentes para fazer excursões até o topo da Sierra, o que tornava a caminhada mais fácil e segura.
San Diego era um lugar lindo, maravilhoso para se viver, mas Brenda ainda sentia falta da mudança bem definida de estações nas montanhas, do desafio de viver em meio à região selvagem e do prazer de ser a primeira pessoa a descobrir um local onde nunca ninguém tivesse pisado.
Entrando no prédio de concreto onde as cobras ficavam, ela constatou que os homens da limpeza haviam lavado o chão e, como à noite esfriara bastante, as paredes ainda conservavam o lugar mais fresco do que o exterior.
Examinou o recinto rapidamente e parou de repente, observando o homem que estava de pé, em frente ao vidro onde se avistava uma cascavel.
Com cerca de um metro e oitenta de altura, ele era musculoso, tinha os cabelos castanho-escuros e aparentava uns trinta anos. Estava elegantemente vestido, com uma camisa de seda bege e calças de linho marrom. Na opinião de Brenda, ele também devia ter bom gosto para animais, já que a cascavel que olhava era, sem dúvida, um espécime de rara beleza:
— Ela é bonita, não é? — perguntou. O homem virou-se para ela, sobressaltado.
— Desculpe. Não pretendia assustá-lo. Percebendo que o desconhecido a encarava, Brenda baixou os olhos apressadamente, dizendo a primeira coisa que lhe veio à mente: —
Você sabe que os seus olhos são da mesma cor acastanhada que os dela? — comentou, apontando para a cascavel, que agora se movia lentamente sobre a areia do viveiro com a cabeça em forma de diamante erguida.

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