Fuga da Tempestade


ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Dueto Desejo e Êxtase




Brincando com fogo...

Zander Devereux desejou Caris desde o momento em que a arrumadinha advogada júnior o enfrentou no escritório!
Arrogante, poderoso e desacostumado a ouvir a palavra "não", Zander se diverte com a brilhante rebeldia dela.
Afinal, ele adora um desafio e sabe que a recompensa será bem doce...
Mas quando começam um romance, no meio do fogo da paixão, ela simplesmente foge!
A pecaminosa sedução de Zander é uma tentação doce e amarga ao mesmo tempo.
E Caris sabe que o calor da atração de Zander irá arrefecer quando ele descobrir seu segredo mais bem guardado...

Capítulo Um

A Igreja do século XII, coberta de líquen, estava preenchida com a fragrância de rosas e lírios, e com as notas da tradicional marcha nupcial.
A luz do sol se infiltrava pelos vitrais coloridos, e, conforme as árvores do pátio da igreja se moviam na brisa, formavam padrões caleidoscópicos sobre os encostos dos bancos polidos e o piso de pedras.
Nada parecia real enquanto Caris andava ao longo do corredor, de braço dado com seu tio David. Seu pai, ainda zangado com ela, recusara-se a entregá-la ao noivo.
Um homem, presumivelmente o padrinho, esperava perto dos degraus do altar. Ele estava de costas, e ela não podia ver-lhe o rosto. Não havia sinal do seu noivo.
De ambos os lados do corredor, pessoas viravam as cabeças para lhe sorrir, enquanto Caris passava num vestido branco de tule que, mesmo então, sabia que não combinava com ela.
Ela tentou sorrir, mas, sentindo o rosto rígido, como se fosse feito de cera, não conseguiu. Ao chegar aos degraus do altar, teve ciência do noivo aparecendo e parando ao seu lado. Ela não o olhou.
O padre idoso deu um passo à frente, chamou a atenção da congregação com um olhar e começou as palavras tradicionais: “Queridos fiéis, estamos aqui reunidos...”
Enquanto a cerimônia de casamento progredia, Caris olhou à frente e perguntou-se o que estava fazendo lá.
Quando chegou o ponto em que os noivos precisavam fazer seus juramentos, e ela ainda se recusava a olhá-lo, ele lhe segurou os braços e virou-a para si. Os olhos verdes dele eram frios, autoritários; a cabeça loira se inclinava daquela maneira arrogante que ela conhecia tão bem.
— Fale Caris.
Mas ela não podia. Aquilo era tão errado! Não podia, não ia se casar com Zander! Derrubando o buquê de rosas que carregava, Caris virou-se, e, erguendo a saia do vestido, correu pelo corredor, entre as fileiras de convidados boquiabertos, lágrimas escorrendo por seu rosto. Podia ouvi-lo chamando por ela.
— Não vá, Caris... Não vá... Mas ela precisava ir.
Por mais que o amasse, não se casaria com um homem que não a amava, que poderia muito bem suspeitar que tinha sido pego na armadilha daquele casamento.
Lutando contra os soluços presos em sua garganta, ela abriu a porta pesada da igreja. Do lado de fora, foi recebida pelo sol brilhante e pela brisa que soprou o véu de seda sobre seu rosto. Tentava rasgar o véu sufocante quando acordou, e, sentando-se ereta, descobriu que estava na própria cama, a luz de uma manhã chuvosa do fim da primavera se infiltrando pela janela.
Mesmo assim, levou alguns segundos antes que o pânico diminuísse e a visão familiar de seu quarto, com suas paredes em tom pastel e cortinas floridas, tranqüilizasse Caris.

Dueto Desejo e Êxtase
1 - Fuga Da Tempestade
2 - Vida Em Pecado




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