Processo de Sedução


ROMANCE CONTEMPORÂNEO


Sempre leia as letras miúdas!

O magnata Vincenzo Tomasi precisa de uma babá para seus sobrinhos até o Natal. A proposta de 1 milhão de dólares de salário é o presente que todos pedem a Papai Noel!
Audrey Miller já trabalha para Enzu e adora crianças. Fazer parte dos Tomasi ajudará muito a família dela.
O que Audrey não sabe é que Enzu pretende se casar com a candidata aprovada… E o primeiro item da lista de exigências dele é compatibilidade sexual.
Apesar de apaixonada por seu enigmático chefe há anos, Audrey arriscará sua inocência durante a entrevista de emprego mais inusitada de todos os tempos?

Capítulo Um
— Quer que eu arranje uma esposa para você? Deve estar brincando!
Vincenzo Angilu Tomasi esperou que sua assistente pessoal administrativa calasse a boca e parasse de emitir sons como um peixe fora d’água. Nunca a ouvira falar de maneira exclamativa e nem sequer sabia que ela era sequer capaz de elevar a voz.
Quinze anos mais velha do que ele, e geralmente dona de uma confiança inabalável, Gloria trabalhava para Vincezo desde que assumira a sede do Banco Comercial Tomasi em Nova York, mais de uma década atrás. Enzu nunca vira esse lado dela. Não sabia que existia e ficaria contente em deixá-lo para trás dali em diante. Quando pareceu que ela não se sentia inclinada a acrescentar mais nada à sua resposta chocada, ele corrigiu:
— Eu darei uma mamma àquelas crianças.
Embora ele pertencesse a uma terceira geração de sicilianos nos Estados Unidos, ainda dizia aquela palavra com o sotaque carregado do Velho Mundo. Sua sobrinha, Franca, tinha apenas 4 anos e o sobrinho, Angilu, meros 8 meses. Precisavam de pais, não de cuidadores desinteressados. Precisavam de uma mãe. Uma mãe que os criasse num ambiente estável, algo que ele mesmo não tivera quando criança, nem tivera condições de oferecer ao seu irmão mais novo. O que, sim, significaria que a mulher teria de se tornar sua esposa também, mas isso era de menor importância.
— Você não pode esperar que eu encontre uma mãe para elas. É impossível. — O ultraje dominava uma Gloria que se mostrava plácida em quase quaisquer circunstâncias.
— Sei que meu emprego abrange incumbências mais flexíveis do que a maioria, mas isto está além até das minhas qualificações.
— Eu asseguro que nunca falei tão sério e me recuso a acreditar que alguma coisa esteja além da sua capacidade.
— Que tal uma babá? — indagou Gloria, não se deixando impressionar com o elogio.
— Não seria uma solução melhor para esta triste situação?
— Não considero ter a custódia da minha sobrinha e do meu sobrinho uma triste situação — declarou Enzu com frieza.
— Não. Não. É claro que não. Peço desculpas pela escolha das palavras.
— Mas Gloria, ainda chocada, não parecia ter uma descrição alternativa para dar.
— Demiti quatro babás desde que assumi a custódia de Franca e Angilu, seis meses atrás.
— E a atual babá dava sinais de que não duraria muito no emprego.
— Eles precisam de uma mamma. Alguém que coloque o bem-estar deles acima de qualquer coisa. Alguém que os ame.
Ele não tinha nenhuma experiência pessoal sobre como ser um pai de verdade, mas passara tempo o bastante na Sicília com sua família. Sabia como as coisas deveriam ser.
— Não se pode comprar o amor! Não mesmo.
— Acho que vai descobrir, Gloria, que, na verdade, eu posso. — Presidente do banco, ele foi a força propulsora por trás de sua expansão, fazendo-o passar de uma instituição financeira regional para uma rede internacional. Também fundador de suas próprias Empresas Tomasi, Enzu era um dos homens mais ricos do mundo.
— Sr. Tomasi...
— Ela terá de ser instruída — declarou Enzu, interrompendo a assistente.
— Deverá ter um diploma de faculdade, pelo menos, mas não um doutorado.




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