Mergulho Para o Amor


ROMANCE CONTEMPORÂNEO

Ele a levaria para a cama em um piscar de olhos...

Mas ela era uma mulher proibida... O detetive particular Harry Lonnigan não se deixou enganar por um segundo sequer.
Aquela figura desamparada vestida de menino era uma mulher da cabeça aos pés, e estava prestes a arruinar o disfarce dele e, de quebra, ser assassinada. Então ele salvou aquele pescoço lindo, junto com o resto do corpinho sexy que o acompanhava... E sobreviveu para se arrepender de ter bancado o herói. Harry descobriu que Charlie era a filha distante de seu melhor amigo, a quem ele tinha como um pai. Sua primeira providência deveria ser promover o reencontro dos dois. Mas ela não sabia disso. Sua prioridade era seduzir Harry, E, antes que ele pudesse perceber, já havia mergulhado no amor...
Capítulo Um

Ela possuia a boca macia e doce de uma mulher. E, quando curvou-se ligeiramente, espiando pela vitrine do pitoresco mercadinho, ele pôde lhe inspecionar o bumbum, achando-o igualmente doce. Ele sentiu uma comichão na palma das mãos e não soube dizer se era de vontade de acariciar ou de dar uma palmada.
Talvez ela gostasse de usar roupas masculinas. Ou apenas tivesse mau gosto para se vestir. Mas, sem dúvida, era uma mulher. Disso Harry tinha certeza. Nem sequer a notara até ela chegar bem perto dele e Harry ter sentido o perfume dela, que o atingiu com tanta força que ele se sentiu como um macho na temporada de acasalamento.
Não conseguiu deixar de fitá-la até ela perceber o olhar intenso dele.
Lançando-lhe um olhar aborrecido, ela afastou-se. E, ainda assim, ele continuou a fitá-la. A desbotada jaqueta de couro marrom era de um tamanho maior do que o dela, e a costura de um dos ombros estava rasgada. E a camisa de flanela por baixo era larga e estendia-se por sobre o jeans remendado, que não lhe caía bem.
Desgastadas botas de salto baixo com correntes na parte de trás davam a impressão de que ela estava tentando passar a imagem de motoqueira encrenqueira.
Um absurdo. Mesmo com o farto cabelo escuro preso para trás em um rabo de cavalo improvisado, ela parecia muito mais feminina do que uma rebelde sem causa. Tinha apenas uma das orelhas furada, de onde uma bala gasta pendia de uma pequenina argola de prata.
Mantinha as mãos nos bolsos traseiros e uma expressão de deboche no rosto. Harry não pôde deixar de se perguntar o que teria feito com os seios, pois não dava para notá-los através das roupas folgadas. É claro que ela poderia ser naturalmente miúda.
Ele não se importaria. Na verdade, bumbuns eram a preferência dele, e ele gostava de mulheres pequenas, ele... Harry interrompeu-se, horrorizado com o rumo tomado pelos próprios pensamentos. Não queria nada com aquela mulher, absolutamente nada. Independentemente dos motivos para imitar um homem, ela não precisava estar ali agora, naquele exato instante, possivelmente estragando as coisas para ele, definitivamente distraindo-o.
Harry Lonnigan fitou a infeliz mulher com irritação, agora dividindo a atenção entre ela e os dois homens seguindo para a caixa registradora.
Tinha um trabalho a fazer. No entanto, ali estava ela, tentando caminhar como um homem, tentando ter no rosto uma expressão masculina. Harry fungou e, em seguida, sem querer, inspirou profundamente, tentando detectar o doce odor outra vez. Não o cheiro do perfume, mas o aroma de uma mulher quente, capaz de enlouquecer um homem. Quis ignorá-la, mas não conseguiu.
Quem era ela, e o que será que pretendia com aquela roupa extravagante e a atuação esquisita? Apenas um imbecil completo acreditaria que ela era um homem. Contudo, naquele instante, um dos dois homens virou-se, olhou para ela e deu credibilidade à fantasia dela ao desconsiderá-la sem sequer erguer uma sobrancelha. Harry ficou estupefato.

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