Um Beijo Ardente
Quando Samantha Harrigan vem participar do rodeio local, ela não espera acabar na cadeia. Mas isso é o que acontece quando ela tenta parar um bêbado de abusar de seu cavalo.
Tucker Coulter, um veterinário bonito, vem em sua defesa e ambos são presos.
As acusações são descartadas, mas os problemas de Sam apenas começaram...
Capítulo Um
Samantha Harrigan mal podia se lembrar do quanto adorava rodeios. Agora que tinha encontrado a coragem de voltar, mal podia acreditar que tinha se privado por tanto tempo de algo que gostava tanto.
Até agora, ainda não tinha vislumbrado seu ex-marido, um cowboy de rodeio com hábitos e opiniões firmemente estabelecidas, os quais foram justamente o motivo para se separar. Ele provavelmente estava ocupado demais flertando com alguma coelhinha loira e se misturando com as pessoas. No início de seu casamento, suas infidelidades tinham quebrado seu coração. Agora ela sentia apenas alívio, o processo de divórcio estava no fim e Steve Fisher estaria definitivamente fora de sua vida.
Fez seu caminho através da multidão para chegar às barracas de comida, o sol quente de agosto banhava todos os recintos da feira, iluminando e criando uma enorme miscelânea de odores dentro do círculo de edifícios. O chão coberto com serragem desprendia um aroma amadeirado agradavelmente misturado com os cheiros acres de gado, uma variedade de perfume e loção pós-barba e aroma de comida vulgar que dava água na boca, trazida pela brisa.
Com cada respiração, Samantha foi transportada de volta à sua infância. Algumas de suas primeiras lembranças eram de ir para o rodeio com seu pai e irmãos mais velhos. As cenas passavam pela sua mente, seu pai levando-a para passeios carregando-a encaixada nos quadris, ela mesma vestida com elegância para um novo rodeio e seus irmãos segurando-a para cima nos ombros, para ver a multidão, enquanto seu pai competia em um evento. Ela se lembrava dos dedos melados de algodão doce e como odiava ter o rosto lavado por um lenço umedecido com saliva.
A lembrança fez Samantha sorrir. Ah, como ela amava algodão doce e ainda gostava, na verdade. Mesmo agora com vinte e nove anos não significa que já não apreciava os prazeres simples da vida. Antes de deixar a feira hoje, iria comprar uma nuvem extragrande de algodão doce e comê-lo como tinha feito anos atrás, puxando grandes pedaços e deixá-los derreter na boca.
Por agora, no entanto, se contentaria com um chá gelado, algo frio e molhado para aliviar a garganta, que estava seca e arranhada de tanto gritar a plenos pulmões para seus irmãos, que tinham competido em algumas das etapas desta manhã. Ficou rouca de tanto torcer quando seu cavalo Chama Azul, e seu irmão mais velho, Clint, ficou em primeiro lugar na competição de cavalo de corte. Oh diabo, não. Ela estava na primeira fila, gritando para todos o que isso significava. Seu único arrependimento era de que ela não estava na própria arena. Mais no próximo ano...
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