Paixão Negada


ROMANCE CONTEMPORÂNEO

Dominic Montoya era sombriamente belo e perigosíssimo de se conhecer.
Cleo sabia que deveria manter distância dele, contudo não conseguiu se afastar. Dominic tinha informações que poderiam mudar sua vida por completo.
Ainda que relutante, Cleo concorda em acompanhá-lo até sua casa, na tórrida ilha caribenha de San Clemente. Logo se vêem presos a uma complicada rede de conexões familiares, e com uma atração proibida prestes a entrar em erupção…

Capítulo Um
Cleo poderia jurar ter visto aquela mulher antes. Não saberia dizer quando nem onde, talvez fosse apenas uma sensação, fruto de sua imaginação. Mas notou algo familiar ao olhar para ela, algo que se recusava a desaparecer de sua mente. Nervosa, fez que não com a cabeça.
Certas vezes, Cleo exagerava em seus sentimentos, o que não era nada bom para si mesma. Contudo, sem dúvida, aquela mulher a encarava desde o momento em que ela entrou na fila do caixa, e talvez por isso lhe parecesse tão familiar. Era possível que Cleo se parecesse com algum conhecido da tal mulher.
Sim, poderia haver alguma explicação perfeitamente simples e inocente. Ela não gostava de ser observada, mas isso não significava que a mulher fosse perigosa. Pagando pelo leite que a fizera ir ao supermercado, Cleo resolveu ignorar o olhar persistente, mas ficou muito assustada quando a mulher se dirigiu a ela, perguntando:
— Você é a srta. Novak, certo? — perguntou a desconhecida, bloqueando o seu passo. — Eu fico muito feliz de encontrá-la... finalmente. Uma amiga sua disse que eu poderia achá-la aqui.
Cleo franziu a testa. A desconhecida só poderia estar falando de Norah, e isso significava que já tinha estado em seu apartamento. Por que Norah resolvera contar detalhes de sua vida a estranhos? Com tanta coisa acontecendo por aí, imaginava que a amiga seria mais discreta.
— Sinto muito — disse Cleo, embora preferisse não dizer nada e sair correndo. — Nós nos conhecemos?
A mulher sorriu, e Cleo percebeu que era mais velha do que parecia quando vista de longe. Antes, diria que tinha seus 40 e poucos anos, mas de perto denunciava ter mais de 50. Seus fios grisalhos eram uma prova da idade, embora mantivesse um corpo esbelto e pernas esguias. Não era muito alta, pois tinha de erguer a cabeça para encarar Cleo nos olhos. Mas a sua maquiagem fora bem feita, suas roupas eram obviamente caras, e o que lhe faltava de estatura era perfeitamente compensado com presença.
— Peço desculpas — respondeu ela com um leve sotaque estrangeiro, dirigindo Cleo para fora da loja pelo simples método de continuar conversando. O ar frio da tarde de outono envolveu as duas, e a mulher tremeu, como se não gostasse da sensação. Ela continuou falando:
— Eu deveria ter me apresentado. Nós não nos conhecemos, minha querida. O meu nome é Serena Montoya, sou irmã do seu pai.
De tudo o que a desconhecida poderia ter dito, aquelas palavras eram as menos esperadas, pensou Cleo, incrédula. Por alguns instantes, tudo o que conseguiu fazer foi ficar olhando para ela.

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