Foto de alex grichenko Outro dia vi na TV a mulher que cheira gasolina antes de dormir. Não tiro a razão: o odor é bom. A frequência é que dá medo: todo dia? Tem aromas, que se tivessem frascos, compraria: mato molhado, livro novo, maço de cigarro, perfume usado. A música não pode o que a fragrância faz. Por isso, ando por aí alerta ao que me traz o jardim da Tia Lia, o armário da Mãe-Ita, o vestiário do clube, a pele que desejava tanto, mas que me repelia...
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