NOVO LIVRO DE IAN MCEWAN CHEGA AO BRASIL PELA COMPANHIA DAS LETRAS

Aos 66, o escritor britânico Ian McEwan, tornado célebre com a publicação do romance Reparação (2001; Atonement, no original) – o qual, é preciso dizer, foi belamente transposto para o cinema -, coleciona prêmios importantes. Por exemplo, com o livro Amsterdã (1998), ganhou o Man Booker Prize; em 2011, foi agraciado com o Jerusalem Prize. Agora, a Companhia das Letras lança por aqui sua mais nova obra, com tradução do diplomata Jorio Dauster, A Balada de Adam Henry.

Paris; 2011

Ateu, McEwan coloca a testemunhas de Jeová no centro de um envolvente conflito legal e moral. Para tal, lança mão de um dos dados mais controversos sobre a religião: a oposicão a transfusões de sangue. Juíza de uma Vara de Família em plena crise no casamento, Fiona tem de lidar com o caso do adolescente Adam Henry, que, aos 17 anos, sofrendo de leucemia, pode morrer se não fizer uma transfusão – terminantemente proibida pelos pais, zelosos de seus princípios religiosos. De sua parte, o hospital pede ao Judiciário, à juíza Fiona, a autorização para realizá-la de modo compulsório.

O autor diz-se encantado com a qualidade filosófica, histórica e legal dos argumentos jurídicos; com a prosa jurídica, que considera ”límpida, exata”, praticamente compondo um subgênero literário. Ele sublinha a compaixão e o sentido de lógica da lei aplicada. O direito de família parece-lhe fascinante, muito mais que o penal, por envolver crianças, divórcios, e, em última análise, o fim do amor.

Assim, Fiona tem de organizar a vida alheia quando a sua própria encontra-se turva e revirada. Em certo momento do livro, ela vai ao quarto de hospital em que está internado Adam Henry, e lhe recita um poema de W. B. Yeats, primordial para um entendimento maior de toda a problemática por parte do jovem. Tocado pelas palavras de Yeats (aliás, o poeta irlandês, que morreu em 1939, permanece atualíssimo, como tudo que é bom, e uma prova de sua relevância é que, não faz muito, a antenada e culta Carla Bruni colocou música num de seus poemas, Those Dancing Days Are Gone), Adam Henry compõe a sua própria balada. Eis o título do livro.

Comprem na Companhia das Letras, na Travessa, ou na Saraiva. Só clicar nos links!

Fotos: reprodução

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