Daniela

Floripa, inspiração

Em setembro de 2013 eu fui pela primeira vez para a capital catarinense. Sim, parece bobagem escrever sobre uma viagem que tanta gente já fez (falo daqueles gaúchos que veraneiam todos os anos ou já foram muitas vezes na vida no litoral paradisíaco do estado vizinho), mas eu fiquei realmente encantada com a ilha.

E quem não ficaria? Isso que o feriadão mais importante para o povo gaúcho segundo a valorosa Zero Hora (SQN) foi um final de semana chuvoso em todo os sul do país. Nem a chuva torrencial tirou a beleza da ilha. Nem os engarrafamentos mil tiraram os mistérios da ilha. Percorri toda ela de carro com um casal de amigos e o namorado. Visitei todos os points badalados de Floripa e fiquei com aquele gostinho de quero mais.

Quero no verão, quero no inverno, quero aprender a nadar para aprender a surfar. Sim, eu cogitei até essa possibilidade, tamanha admiração que garrei desse povo que pega onda. Claro que essa vontade deu e passou, mas cada vez que vejo o mar eu penso que seria uma possibilidade bastante interessante (a gordinha aqui já aprendeu a nadar, mais ou menos, mas a coragem de subir numa prancha ainda está bem longe de se materializar). Sobre aprender a nadar aos 29 anos, sobre essa vontade repentina e maluca e sobre o apreço ao esporte e seus praticantes eu posso escrever em outra oportunidade, se for vontade de vocês, claro.

Floripa me deixou com vontade de largar tudo e morar lá. Viver uma vida simples, na praia, sem muita preocupação. Por vários motivos, dentre eles o fato de ser uma cidade grande, com todos os confortos de uma vida moderna, mas com a possibilidade de viver no mato, na beira da praia, vivendo devagar, em conexão com a natureza. Essa possibilidade não só me encantou, mas me transformou de tal forma que agradeço todos os dias por ter ido pra lá no momento que fui. Estava precisando. E esse tipo de viagem, que te transforma, que te faz ver o outro como possibilidade e não com estranhamento puro e simples (lembra dos surfistas?) é a mais gostosa de se fazer. E como disse Olivia Maia em uma de suas newsletters (a propósito, já assinou a newsletter dela, é incrível, assina logo!) a viagem e a literatura tem muito em comum. Em ambas eu posso conhecer outros mundos, outras formas de viver (n)o mundo e criar empatia com elas. Lindo isso, né? Eu concordo plenamente.

Uma pena não ter levado máquina fotográfica e depender das fotos podrinhas do celular. Mas ficou registrado na memória.

Vista da ponte Hercilio Luz

Vista do Mirante do Morro da Cruz

Surfista de pedra

Veja mais fotos no álbum do Flickr.

Adorei conhecer as praias, tomar banho de mar em um dos pouquíssimos momentos em que a chuva deu sossego, admirar a paisagem magnífica da ilha, visitar prainhas de pescadores e praias super badaladas pela juventude bonita e festeira, adorei conhecer Santo Antônio de Lisboa, um dos pontos altos da viagem, sem dúvida. Adorei a aventura, a loucura da cidade, adorei a comida. Adorei tanta coisa, adorei tudo que vi e vivi por lá. Espero voltar muitas outras vezes e conhecer amigos virtuais que moram por lá.


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