da série: falando sozinha (por escrito) pra variar


Olá maldito blog ao qual tenho me escondido mesmo sob a promessa de jurar escrever. Gostava mais de você quando eu sentia algo que mesmo ruim eu gostava de encarar e tornar poesia, ou então lixo virtual. Sabe, quando eu sabia o que sentia pelo menos, pra poder escrever e ainda sair algo drasticamente "bonitinho". Acho que antes se baseava um pouco no pensamento de me expôr, mas não importar tanto. Talvez porque eu não queria esconder algo ou alguém, mas sim escrachá-lo. To começando a achar que não existe mesmo essa coisa de escrever sem se doar por inteiro. Ou escrevo expondo tudo e todos com os quais me relaciono e sou sincera no que digo, transformando os versos em verdade, e portanto beleza. Ou escondo, e só, porque nada sai da dor que não é exclamada. O problema nem é mesmo me expor, gosto de ser assim: TRANSPARENTE, o problema é não falar só de mim. Tô aqui pensando, saia o que sair dessa madrugada será que vou ter a coragem de mostrar? Como muitas outras coisas em mim, essa coragem impensada também já foi embora.

Um dia eu namorei um garoto que não gostava, não o fiz por interesse nem nada que me torne muito má, mas o fiz. O fiz por motivos que qualquer garota que escreva coisas emo no blog como eu escrevia na época poderia adivinhar. Quando sai dele jurei pra mim mesma que só namoraria dali em diante com uma pessoa em que eu pudesse olhar nos olhos e não deixar de dizer "eu te amo". -- Sim, é óbvio que isto aqui está dramático, afinal ainda estamos falando da menina que fundou esse blog há uns aninhos atrás e escrevia coisas que mesmo se Clarice lesse cometeria suicídio (ah e sim, claro, e a mesma menina que faria uma piada intelectual ruinzinha dessa). Ps.: Não é a primeira vez que falo disso, mas: que saudade dessa menina!
Enfim, lá estava eu com 17 aninhos só querendo me comprometer de verdade se fosse capaz de sair de uma camisa de força para fazer isso. Acho que foi aí que surgiu minha filosofia descoberta ante-ontem sobre "ninguém pegar uma condução que só vai até metade do caminho". Sim, quando disse isso me perguntaram: "mas com dezoito anos você já quer estar com quem vai se casar, conhecer o amor da sua vida?" Bom, eu pensei, se for pra estar com alguém sério aos dezoito, dezenove ou trinta: sim, que seja com a tal condução que atravesse o lago, a ponte, o tapete vermelho inteiro. É claro que ter a certeza que esse amor e essa pessoa durará pra sempre é impossível, mas o que posso fazer senão a minha parte de acreditar e tentar, esperar pra ver se o universo é a favor?! É claro que se um homem que tenha interesse em mim, ou meu namorado ("OI AMÔ!") ler isso vai achar que sou louca e então vai perder o interesse em um instante.

AVISO IMPORTANTE: Sexo oposto que possa vir a ler isto: não quero que me prometa nada, só vai dar certo se fizermos o dever de casa direito. Mas acredite, se você já está nessa "ponte" é sinal que foi o eleito, ou quem sabe" um dos" (caso haja um primeiro, e não for o tal) e que tem o peso de uma nanica de 1,55cm em cima de você! - Peço carecidamente que imaginem meu rosto no cartaz do Tio Sam. :)

Observação importante de pensamentos idiotas no meio de um texto deprê-pensativo-emo-típico, caso eu venha publicar isto: PARABÉEEENS CAROLINE, você está expondo sua bunda como nunca antes na história da sua vida!

Voltando a parte angustiante e triste da vida, que me move a escrever: relacionamentos. Depois de assustar todos e assumir uma imagem ruim (que tá errada!) perante conhecidos com os quais tenho contato, volto à questão: será que sou muito louca, ou dá pra eu me tratar?! Um dia, quando eu tinha uns 14 anos e tava sofrendo pelo meu grande amor platônico escrevi algo do tipo em um caderno velho: "será mesmo possível encontrar o amor da sua vida com 14 anos?" Alguns aninhos à frente e cá estou eu. Se eu quisesse ser atriz teria uma bela carreira no México. Mas não nasci pra isso, e também não nasci pra ser comediante, nasci pra escrever, e o meu melhor gênero é um bem fodido: fossa.

Sabe, pode ser só um lado romântico estúpido e silenciado que esteja falando por mim, mas que razão há em embargar pra soltar no meio do mar? Pior ainda eu que não sei nadar nem no sentido conotativo da coisa. Me assusta ser radical quanto a essa ideia, mas não me parece prudente me comprometer pra isso sem ansiar algo maior. Se não for pra levar pra vida ao ladinho e de mãos dadas, que seja passageiro e sem a burocracia de um assustador namoro. Essa palavra me espantou bastante antes de começar a namorar, e mesmo agora continua com peso para mim.

Eu queria mesmo era escrever um poema beeem bonito sobre essa condução, que se parar no meio não assume função alguma, mas não pude ainda. Com toda certeza eu preciso encarar muito ainda todo esse mar e esse barquinho pra escrever sobre ele com verdade, porque é só assim que sei escrever. Sendo escrachada, peitando alguns muitos e vários receios.

E isto e esta sou eu usando o blog como um "diário" de verdade, porque como diário sempre usei em meio a pseudônimos, eufemismos e metáforas, o que faz quem me lê rápido me afastar do problema, e só me enxergar como criadora de versos. Ah, se toda vez que lermos um bom poema cairmos na besteira e epifania de imaginar o que se passava...!

Não to aqui pra escrever sobre o fim do lago, não to aqui pra explicar as náuseas da viagem nem dizer que tô me afogando. Nem sei o que estou fazendo e minha cabeça está gritando que sou imbecil. Mas é isso aí, ao infinito e além desde que seja rumo ao universo em que acredito! ;)



Observação final.: sim, eu escondo meu reais sentimentos (ou parte do peso deles) sob piadas horríveis pra diminuir o impacto deles. Mas acredite, quando eu rio eu realmente tô tentando ou até mesmo vendo a graça. Também já disse isso em um texto, há um ano ou pouco mais: "comigo? comigo tá sempre tudo bem!".




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