Rio maravilha #2: Pedra do Telégrafo



No segundo dia no Rio aceitámos o desafio dos nossos recém amigos da TAP e subimos até à Pedra do Telégrafo. A Pedra do Telégrafo é um dos sítios mais fotografados neste momento, fica a cerca de uma hora do Rio e é toda uma aventura para lá chegar. Alugámos um carro, fizemo-nos à estrada e fomos à descoberta da pedra mais famosa do mundo. Ou do Brasil, vá. Ou só mesmo do Rio.
Chegar lá ao cimo implica fazer uma subida de dois quilómetros, daquelas mesmo muito empinadas, num terreno um tanto ou quanto acidentado e debaixo de um calor de ananases. Acho que perdi umas 50 mil calorias só naquela subida, cheguei ao cimo completamente a arfar (é o que dar não fazer exercício para aí desde 1987). A verdade é que compensa, porque a vista é uma coisa absolutamente inacreditável e porque as fotos na pedra ficam mesmo giras.

Quando publiquei a foto no Instagram houve gente absolutamente em pânico, a achar que eu me tinha passado da cabeça, que tinha posto a vida em risco, que era uma irresponsável. Ah ah ah, as pessoas são sempre tão divertidas. Uma simples pesquisa no Google por "Pedra do Telégrafo" era suficiente para perceber o truque da coisa, mas a malta gosta logo de imaginar cenários de horror e de miséria. Senhores, eu sou a pessoa mais mariquinhas da história, acham MESMO que me ia pendurar numa pedra, assim sem segurança nenhuma? Ai, ai, ai, seus crentes.
De facto, as fotos são um bocado vertiginosas, mas o chão estava ali a meio metro dos meus pés, estava em perfeita segurança. Mas o tempo que estive lá em cima deu para ver que há ali gente que arrisca muito por uma foto. É que mesmo com o chão tão perto, se por acaso se manda um tralho do cima da pedra, há uma forte possibilidade de se rebolar encosta abaixo. E não me parece que seja fixe. Dediquei-me a fotografar algumas das poses mais arriscadas, foi um bonito momento.
O que não é tão bonito é o tempo que cada pessoa leva a tirar fotos, sobretudo os casais. Juro que houve malta que demorou MEIA hora. Agora foto de frente, agora de lado, agora de costas, agora a dar um beijo, agora a olhar para o horizonte, agora a fingir que te empurro, agora tira com a máquina, agora tira com os oito telemóveis, agora tira com a Go Pro, agora tira com o raio que o parta. A sério, é exasperante. Ao fim-de-semana a fila para tirar uma foto chega a demorar horas, porque toda a gente tem muita pressa em lá chegar, mas depois ninguém tem pressa nenhuma para sair. Nós, como bons portugueses que somos, armámos logo um barraco, a tentar pôr ordem naquilo, a dizer que era uma falta de respeito ficarem ali horas a fio com tanta gente à espera à torreira do sol. E despachámo-nos num instantinho: éramos sete, eu fiquei a tirar as fotos individuais (duas ou três a cada um), depois tiraram-me duas ou três a mim, tirámos uma de grupo, e ficou a coisa feita em menos de dez minutos. Tipo: estão a ver como é que se faz? Deixo-vos algumas das que tirei à malta que por lá andava, para verem o quão afoitos são:



















Mortos de calor depois da subida à Pedra, almoçámos ali por perto num boteco e seguimos para a Prainha, para um mergulho e um gelado muitíssimo merecidos:




E pronto, amanhã há mais Rio!


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