Nunca senti muito amor por esse tipo de sandália. Durante boa parte da minha vida, fui uma menina salto agulha. Acho chic, acho fino. Depois de machucar meus pés e panturrilhas durante anos, descobri a beleza e o conforto dos saltinhos médios, muy bellos e adequados para ambientes de trabalho mais formais.
Nunca, nunquinha na minha vida imaginei que fosse ter coragem de usar uma sandália como essa. O pensamento era sempre o mesmo: “tijolo-cafona-pesada-grosseira-desconfortável”. Mas passei pela Sonho dos Pés (amo!) em um dia em que os deuses da frescura e do preconceito estavam bem longe de mim…. e decidi experimentar.
“-Uau”. Subi naqueles saltos, da altura de um iPhone, e não acreditei no que estava vendo. Ele era capaz de modelar as pernas como um salto anabela (porque ele tem uma leve inclinação), e me deixou… acho que moderna. Diferente de tudo o que eu esperava. Sou super chata com sapatos diferentes, e no fim das contas, por mais que eu tentasse (e eu tentei!!!) achar cafona, não conseguia. Ficou, digamos, esteticamente agradável, mesmo against all odds. foi amor. ♥♥♥
Fora que adorei ficar alta. Com conforto, diga-se de passagem. Além disso tudo, acho digno registrar que essa belezinha me custou a bagatela de R$ 59,90. Já comprei rasteiras BEM mais caras… Chegando em casa, experimentei com calças, vestidos e saias: ela combina com bastante coisa, desde que não se perca a idéia de que é uma peça mais descontraída, e que pra não correr o risco de cair no lugar comum, tem que pensar bem com o que se vai usar!
Pra quem duvida da tendência, a coleção nova da Farm traz uma versão de anabela em madeira! Quando vi no site, levei um susto, mas depois que vi uma produção bem linda com a sandália, a vista acostumou e o preconceito diminuiu. Acho que antes de a gente torcer o nariz de cara para as coisas, é bom fazer um exercício pra desapegar de preconceitos bobos: usar a criatividade e se imaginar com a peça! Agora, se nem assim rolar… next!