Diamante Puro


ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Quando o gelo encontra o fogo...
A bela Leila, a mais nova das famosas irmãs Skavanga, era conhecida como "o diamante intocado". Cansada disso, decidiu que iria aproveitar a vida. E quem melhor para ajudá-la do que o sensual Raffa Leon? O sedutor espanhol não vê problema em misturar negócios com prazer. Instigado pela pureza de Leila, Raffa irá garantir que ela desfrute do melhor que a vida tem a oferecer. Quando a frieza de Leila se esvanece e é aberto o caminho para uma paixão arrebatadora, Raffa percebe que há consequências ao se brincar com fogo!

Capítulo Um
Leila sentiu um nó no estômago quando espiou pela janela do táxi para observar os convidados da festa que entravam no hotel. Essa época do ano não era muito propícia para se realizar um evento no norte gelado. Skavanga, sua cidade natal, situava-se para além do Círculo Ártico na terra do sol da meia-noite, mas, quando sua irmã Britt dava uma festa, ninguém se importava com o tempo. Saltos altíssimos e vestidos luxuosos eram a ordem do dia para as mulheres, ao passo que os homens usavam ternos formais sob os cachecóis e sobretudos de lã. O lema de todas aquelas garotas que subiam os degraus da frente do hotel parecia ser: “Se você vai congelar, faça isso a caminho da festa de Britt.” Leila era a única das três irmãs Skavanga que não brilhava em festas. Jogar conversa fora não era o seu forte. O lugar onde se sentia mais feliz era em seu escritório no porão do museu de mineração, reunindo e registrando informações fascinantes... Relaxe, disse a si mesma com firmeza. Britt lhe emprestara um lindo vestido com um par de sandálias altas combinando e tinha um casaco forrado de lã ao seu lado no banco do táxi. Tudo o que precisava fazer era atravessar a rua, subir a escada baixa e larga do hotel e passar pelo saguão rapidamente, para então desaparecer no meio da multidão de convidados. — Divirta-se! — disse o taxista, depois que Leila pagou a corrida e lhe deu uma generosa gorjeta ao se condoer dele por ter de trabalhar numa noite tão deplorável. — Desculpe por não ter conseguido parar mais perto do hotel. Nunca vi tantos táxis aqui. O efeito Britt, pensou ela e sorriu. — Não se preocupe. Está bem assim. — Cuidado para não escorregar na... Tarde demais! — Você está bem? — O taxista debruçou-se pela janela do carro para olhá-la. — Sim, obrigada. Mentirosa. Ela acabara de escorregar, realizando uma série de passos dignos de uma estrela da patinação no gelo — uma comediante da patinação no gelo, mais especificamente. O motorista do táxi sacudiu a cabeça preocupado. — As ruas estão congeladas esta noite. Ela notara. Estava agachada numa posição nada elegante e tinha que se considerar com sorte por não ter arruinado completamente o vestido depois de ter batido na lateral do táxi sujo de lama. Felizmente, era de um tecido azul-escuro, e os respingos de lama poderiam ser removidos com papel-toalha no toalete. Erguendo-se, ficou à espera de uma chance para atravessar a rua. O taxista também aguardava uma brecha no trânsito. — Aqueles não são os três homens do consórcio que salvou a cidade? — disse ele, apontando.


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